Arjun Appadurai — Além da dominação: o futuro e o passado da descolonização

Há uma tradição bem estabelecida de escrita acadêmica que trata as áreas geográficas do mundo como planos de fundo naturais e pré-formados contra os quais os eventos históricos se desenrolam. Essa perspectiva, com raízes em pensadores iluministas como Montesquieu, vive na obra de teóricos políticos conservadores como Samuel Huntington, para quem as civilizações foram construídas em blocos geo-étnicos permanentes, bem como na obra de estudiosos marxistas como Immanuel Wallerstein, para quem centro e periferia foram produtos de desequilíbrios geográficos a longo prazo.
Essa abordagem às vezes pode ter seus usos, mas também se beneficiaria de uma compreensão do mundo que localizou a formação das regiões ao contrário: em vez de ver essas áreas geográficas como realidades físicas predeterminadas, nós as vemos como resultados contingentes de atores humanos, movimentos e projetos. A terra e a água podem existir antes da história humana, mas as regiões e civilizações são produtos da ação humana. Nesse sentido, a história produz geografia, não o contrário.
Dois novos livros — On Decoloniality, de Walter D. Mignolo e Catherine E. Walsh, e Out of the Dark Night, de Achille Mbembe — ajudam a nos lembrar da história por trás de nossas geografias, colocando a história das regiões e continentes de volta no contexto do colonialismo e do império. Para fazer isso, ambos os livros consideram os diferentes caminhos fora da descolonização, apenas para descobrir que nem o tipo de Estado-nação que emergiu da descolonização, nem a versão recente do capitalismo globalizado que veio a definir esses Estados-nação realmente cumpriu as promessas libertadoras de descolonização. A parte mais forte de ambos os livros é sua base nas áreas de onde emergem — América Latina e África, respectivamente — e seu reconhecimento comum de que o preço mais alto extraído pelos colonizadores nos últimos 500 anos não foi na moeda do trabalho e extração de recursos, mas no domínio do conhecimento, onde os sujeitos coloniais eram classificados como os outros no Império da razão europeu. Ambos os livros também representam uma crítica radical do domínio europeu sobre o resto do mundo através das várias idades do império, e ambos concordam que as análises materialistas deste domínio — por marxistas, teóricos da dependência e teóricos dos sistemas mundiais — interpretaram mal tanto o colonialismo como a descolonização que se seguiu.
Mas os autores também nos oferecem argumentos muito diferentes sobre o emaranhamento da Europa com as colônias. Mignolo e Walsh veem uma oposição radical, na verdade um abismo, entre o pensamento decolonial e as ideias europeias de modernidade, progresso e liberdade, com os movimentos indigenistas latino-americanos como seu modelo de onde a liberdade pode ser encontrada. Mbembe, por outro lado, oferece uma imagem muito mais dialética, relacional e emaranhada das relações entre colonizador e colonizado. Ele vê o futuro da África e do mundo que a África revela e exemplifica, como um esforço renovado — e conjunto — da Europa e suas antigas colônias para promulgar uma visão mais inclusiva, sustentável e igualitária da razão e da humanidade do que era globalmente normalizado nos últimos cinco séculos.
On Decoloniality é um trabalho colaborativo em que cada autor assume um conjunto conectado e complementar de argumentos em uma das metades do livro, a primeira de Walsh e a segunda de Mignolo. Seu objetivo conjunto é defender a decolonialidade, a ideia de que uma forma diferente de descolonização ou anticolonialismo foi e continua a ser possível no Sul Global — uma forma que não se baseia em formas de conhecimento ocidentais, mas sim em estilos e reivindicações epistemológicas indígenas.
Ao apresentar este argumento a favor de uma política da decolonialidade, Walsh e Mignolo reconhecem que sua maior dívida é com o sociólogo peruano Aníbal Quijano, cuja ideia de decolonialidade eles usam para desenvolver seu objeto central de crítica, o que eles chamam de “a matriz colonial do poder”. Para eles, o colonialismo e o império na América do Sul e Central provaram ser um modo único de dominação que se baseava principalmente na marginalização, subordinação e eliminação não apenas das populações indígenas, mas também das epistemologias e culturas indígenas. Substituir não apenas as populações nativas, mas também suas maneiras de conhecer o mundo, estava no centro da conquista europeia no Novo Mundo; suas tradições locais de reprodução de sistemas naturais e colocação de humanos em uma cosmologia mais ampla foram gradualmente substituídas por ideias ocidentais de natureza, cultura e progresso, todas vistas como monopólios cristãos, europeus e brancos. É essa matriz de conhecimento que Walsh e Mignolo argumentam que permaneceu mesmo quando os colonizadores partiram, e é o que eles também argumentam que uma descolonização mais plenamente emancipatória substituiria.
Walsh é norte-americana, mas passou muitos anos ensinando e organizando redes políticas na América Latina e se vê mais como uma ativista do que como uma acadêmica. Em seus capítulos, ela defende a práxis política como o local crítico da teoria, sugerindo que qualquer teoria crítica séria é uma forma de prática e, como tal, deve surgir de movimentos políticos concretos contra a matriz colonial do poder. Sua inspiração é uma série de movimentos populares no Peru, Bolívia, Colômbia, Brasil e em outros lugares da América Latina que buscaram combinar modos de pensamento feminista, ambientalista e anticapitalista para combater as formas de conhecimento que se tornaram dominantes no curso da invasão europeia das Américas. Para caracterizar esse tipo de resistência à ordem epistemológica europeia, Walsh usa as palavras marronage e cimarronaje, ambos termos que se referem à fuga de populações escravas no Caribe e em outras partes da América Latina. O estilo de escrita de Walsh, seus exemplos e modelos, e sua abordagem de resistência são especialmente inspirados por ativistas negras e feministas nos países andinos e movimentos políticos indígenas de toda a América Latina. Seu principal ponto de convergência com Mignolo é sua jornada compartilhada, ao longo de três décadas, desde uma abordagem teórica à modernidade colonial para uma identificação radical com os movimentos indígenas que buscaram transcender as formas ocidentais de compreender a natureza, raça e progresso.
Mignolo, por outro lado, é argentino e mora e leciona nos Estados Unidos há várias décadas. Sua parte do livro está ancorada na relacionalidade (vincularidade), uma forma de pensar que se opõe a binários como natureza e cultura, homem e mulher, ciência e religião, civilização e barbárie. A descolonização, em seu argumento, é uma reação específica e falha à dominação europeia, especialmente nas novas nações do período pós-Segunda Guerra Mundial que se livraram das algemas do domínio político colonial, mas, ele argumenta, não conseguiram “descolonizar suas mentes”, para usar a frase de Ngũgĩ wa Thiong’o. Em vez disso, eles caíram nas armadilhas epistemológicas europeias da modernização e do desenvolvimento. Na obra anterior de Mignolo, o colonialismo está inextricavelmente ligado ao que ele vê como a ficção ocidental da modernidade. Os principais agentes dessa ficção, e do colonialismo e dos impérios que a promoveram, foram aqueles europeus, especialmente nas Américas, que impuseram versões altamente locais dela às sociedades e comunidades com visões muito diferentes dessas coisas. A fábula da modernidade foi o arco unificador desse universalismo agressivo, e o principal argumento de Mignolo é que qualquer variedade de argumento marxista que se concentre principalmente no capitalismo, classe e exploração material perde as formas de poder que surgiram por meio dessa dominação cultural e epistemológica. Para resistir e substituí-la por outra visão de mundo epistemológica, Walsh e Mignolo recomendam a decolonialidade, uma visão que abraça os modos indígenas de pensar e rejeita as expressões ocidentais de modernidade impostas a grande parte do mundo através do colonialismo e do império.
Tanto Walsh quanto Mignolo estão fortemente comprometidos com a diferença entre decolonialidade e descolonização. Para eles, a decolonialidade não é uma sucessora do colonialismo e da colonialidade, como provaram ser os Estados-nação ocidentais que surgiram na América Latina. Em vez disso, a decolonialidade oferece uma alternativa, que está enraizada no pensamento e na prática indígena sobre a natureza, a comunidade e a solidariedade. Desta forma, a decolonialidade, ao contrário da descolonização, escapa das armadilhas gêmeas do estatismo-nação e da globalização corporativa. Tanto para Walsh quanto para Mignolo, sua ideia de decolonialidade decorre de suas percepções sobre a história da América Latina, mas também serve como um modelo para o resto do mundo — um modelo de política que busca substituir a extração da natureza pela harmonia com a natureza e hierarquia entre humanos pela convivência. Essa visão é sedutora e é difícil discordar de suas noções de harmonia e convivência, mas também se baseia na reversão do impacto histórico do capitalismo e do colonialismo. Ela procura retornar a um período anterior de esplendor pré-colonial, quando o que precisamos imaginar, como Mbembe argumenta, é um futuro alternativo.
Out of the Dark Night também se preocupa com a forma como o projeto imperial europeu desvalorizou e deslocou outras formas de pensar mais emancipatórias. O foco de Mbembe está na África, e suas conclusões não endossam as virtudes de um mundo pré-capitalista ou pré-colonial; em vez disso, ele procura imaginar um futuro com base em nosso pouco-ideal [less-than-ideal] presente. Esse futuro exige que remodelemos as estruturas de raça, poder e tecnologia para uma relação mais libertadora.
Mbembe se concentra em um período de tempo mais curto do que Mignolo e Walsh, cobrindo o período do final do século 19 até o presente, e, ao contrário deles, ele está preocupado com o domínio europeu nas muitas colônias em que a África foi dividida e nas lutas anticoloniais que levaram ao nascimento dos atuais Estados-nação, acompanhando tanto os períodos de colonização que os precederam quanto a descolonização que se seguiu.
Da mesma forma, Mbembe oferece um caminho diferente para sair do impasse contemporâneo da política do Estado-nação e da economia capitalista globalizada. Para ele, o futuro verdadeiramente descolonizado é aquele que vê a África contemporânea como o local de um repensar radical da relação entre senhor e escravo, fundamentada na experiência africana de diáspora e mobilidade. Para Mbembe, são esses processos de mistura, fluxo e interação que ajudam a África a definir um caminho para a descolonização que não se apoia pesadamente na plataforma da Indigeneidade. Essas experiências, insiste, abrem o caminho para o Afropolitismo [Afropolitanism], uma política que usa a história e o presente da África para pensar a emancipação global.
Essa visão de emancipação também tem implicações globais. Desta forma, encontramos sem dúvida uma das coisas mais próximas que temos hoje de um avatar de Frantz Fanon. Os argumentos de Mbembe se destacam pela força de suas afirmações, a combinação de declarações críticas e visionárias, seu alcance disciplinar e sua voz distintamente contemporânea. Mbembe é conhecido pelos leitores anglófonos pelo menos desde a publicação em 2001 de On the Postcolony, que apresentou a um público mundial seus argumentos sobre raça, “necropolítica” e sedição na África desde a descolonização. Desde a publicação de On the Postcolony, ele produziu um fluxo constante de livros (tanto em francês quanto em inglês) que abordam a estética africana, a produção geográfica da cartografia da África, o capitalismo racializado que existe lá e as histórias de escravidão, sátira política e libertação nacional.
Um elemento-chave da maneira de pensar de Mbembe, e um elemento central para Out of the Dark Night, diz respeito à sua visão da religião. A intuição subjacente de Mbembe como um leitor próximo — mas não ortodoxo — de Marx e Foucault, é que a marginalização moderna da religião e a amnésia europeia sobre a colonização estão entrelaçadas de maneiras incomuns e surpreendentes. Como os colonizadores consideravam as cosmologias africanas como obstáculos primitivos à modernidade, eles foram capazes de mascarar o colonialismo na vestimenta de um processo civilizador e secularizador — que levou o conhecimento moderno a partes distantes do mundo, mesmo quando os europeus extraíram vorazmente a riqueza das colônias e dominaram seus povos. Para Mbembe, o desencanto que eles deixaram na África também a liga ao resto do globo — um mundo que agora é cada vez mais definido por um capitalismo sem fronteiras.
Por esta razão, o reencantamento da política é também uma rejeição da violência que veio com o desencanto colonial, e o trabalho de Mbembe, como resultado, está impregnado com o vocabulário de arrependimento, sacrifício, redenção e renovação. A origem religiosa desses termos é certamente rastreável à sua própria formação católica nos Camarões, mas também o leva a uma perspectiva que difere da de Mignolo, que tende a representar os sistemas de pensamento, movimentos e práticas indígenas como exemplos de um modelo primitivo e desejável para o pensamento decolonial, e os religiosos europeus como estranhos e opressores. Mbembe tem pouca paciência para qualquer cultificação do indígena, pois isso significaria uma negação da história relacional do colonizador e colonizado na África, que ele considera ser também o terreno de novas formas de criatividade, convivência e inovação social africanas.
Em Out of the Dark Night, Mbembe tece esses dois temas — o desencanto e colonialismo do passado e a criatividade e corporativização capitalista do presente — juntos por meio de um conjunto de ensaios interconectados que exploram as experiências de colonização da África e sua história. Colonialismo e império, ele argumenta, eram formas de racismo, na medida em que o racismo é uma guerra entre europeus e o que eles viam como outras espécies. Mas Mbembe resiste a argumentos que retratam a África como a vítima destituída do colonialismo europeu ou como uma agregação de Estados corruptos ou falidos que destruíram suas próprias chances de um futuro pós-colonial saudável. Em vez disso, ele argumenta que a África é um continente rico em recursos, epistemologias e novos modos de associação política e que, em sua abertura à circulação global de ideias, pessoas, culturas e bens, podemos encontrar uma modernidade alternativa àquela em que vivemos agora. Para Mbembe, o que está em jogo não são apenas as falhas da descolonização tal como ela ocorreu, mas também os possíveis caminhos para um futuro planetário sustentável que a África exemplifica.
Mbembe tem um profundo interesse pelo capitalismo, mas menos em seus centros econômicos do que em suas bordas e extremidades, onde convergem os corpos dos escravos, os potenciais extrativistas da colônia e os excessos da mutilação corporal. Em sua opinião, a história das plantations e da escravidão transatlântica não eram anomalias em nossa atual ordem capitalista globalizada, mas eram parte integrante de sua formação, criando um sistema racializado de trabalho e troca que afligiu todos os impérios europeus a partir de 1500. Das bordas e extremidades surge um novo centro.
A relutância da Europa e do Ocidente em geral em reconhecer os horrores desta história, na visão de Mbembe, pode ser melhor observada na França, onde ele estudou como estudante de graduação e onde a reivindicação dos valores universais da razão, igualdade e liberdade não se estende aos seus próprios cidadãos negros e pardos até hoje. Na opinião de Mbembe, é na África que essa hipocrisia pode ser abordada, aproveitando as ideias de natureza, humanidade e emancipação que nasceram dos encontros entre colonizador e colonizado e nos mundos que a descolonização criou. A África de Mbembe é onde as mais novas tecnologias (digital, midiática e fiscal), em conjunto com suas novas formas de linguagem, arte e filosofia, estão sendo experimentadas e inovadas de maneiras que preparam esta África emergente para ser um modelo para o descolonização do planeta, sem ter que abandonar ou esquecer o encontro colonial.
O argumento de Mbembe sobre um futuro libertador que pode emergir da descolonização tem o grande apelo de não exigir o abandono total das complexidades da modernidade. Mas ele não concilia totalmente seu otimismo sobre o futuro político e tecnológico africano com suas observações devastadoras sobre seu presente racial, nacionalista e estatista. Mbembe produz uma antinomia entre as histórias africanas e os futuros africanos que ele não consegue resolver totalmente. Mignolo e Walsh, rejeitando a violência e a brutalidade do presente e menos interessados no futuro, não têm que resolver essa tensão, uma vez que buscam promover um retorno ao passado pré-colonial. Mas seu livro também levanta algumas questões consideráveis sobre a ideia de decolonialidade. O mercado é uma presença predominantemente fantasmagórica em suas discussões, e ouvimos muito pouco sobre as explorações marítimas, o comércio oceânico e os lucros gerados por escravos das economias de plantation construídas com café, cana-de-açúcar e cocaína que vieram a moldar não apenas a região que estão preocupados, mas o mundo como o conhecemos. Dando primazia à epistemologia e não à economia política na definição da estrutura profunda da modernidade colonial e ocidental, Mignolo e Walsh também perdem como o capitalismo contemporâneo, tanto quanto (ou possivelmente mais do que) as epistemologias ocidentais modernas, danificou o planeta, aprofundou a desigualdade social, e expandiu o poder dos mercados financeiros.
Então, onde isso nos deixa? Um livro nos aponta para um passado mais desejável, outro para o futuro — mas e o hoje? Mbembe não tem um evangelho, seja sobre colonialismo, poder ou modernidade, e em sua flexibilidade encontramos também os primórdios do futuro que ele imagina para nós. Uma das características mais marcantes do pensamento de Mbembe é seu foco no relacional. Em seus relatos sobre o colonizador e o colonizado, o estado e seus súditos mais fracos, o tirano e a vítima, o senhor e o escravo, o carrasco e o prisioneiro condenado, ele está mais preocupado com o espaço em que as relações emergem nos próprios extremos da sociedade. Assim, o Ocidente europeu, e a França em particular, na visão de Mbembe, têm se empenhado em um esforço massivo para colocar seus súditos coloniais fora do espaço onde a solidariedade, a humanidade e o convívio devidamente pertencem. Essa política de extremidades em que se encontram os projetos e súditos coloniais, entretanto, criou novos espaços de invenção e imaginação, produzindo zonas de créolité, nas quais os projetos civilizadores do senhor colonial inadvertidamente produzem novos espaços de diálogo e criatividade. De acordo com Mbembe, é nossa tarefa ajudar a realizá-los plenamente.
O surgimento de um vasto mundo de ideias ricas, formas de pensamento, estilos linguísticos e tecnologias do eu [self] na África francófona é, para Mbembe, portanto, um fruto paradoxal do colonialismo e das zonas de créolité que ele produziu. A decolonialidade para Mbembe é impossível e indesejável, uma vez que não podemos voltar a um período pré-colonial — nem, ele insiste, devemos querer. O que precisamos em uma ordem global é uma forma alternativa de modernidade global. Ainda não percebemos esse objetivo, reconhece Mbembe, mas isso não significa que não possamos tentar. Como Mbembe, prefiro relembrar e revisitar a colônia, tanto porque não podemos escapar de sua persistência quanto porque ela contém as sementes de sua própria derrota.
Arjun Appadurai (1949-) é um antropólogo indo-americano reconhecido como um dos principais teóricos dos estudos da globalização. Em seu trabalho antropológico, ele discute a importância da modernidade dos Estados-nação e da globalização. Ele é ex-professor de Antropologia e Línguas e Civilizações do Sul da Ásia da Universidade de Chicago, decano de Humanidades da Universidade de Chicago, diretor do centro da cidade e globalização na Universidade de Yale e professor de Educação e Estudos de Desenvolvimento Humano na Escola de Cultura Steinhardt da NYU. Atualmente mora em Berlim e leciona na New York University e no Bard Graduate Center, onde foi nomeado Max Weber Global Professor. Algumas de suas obras mais importantes são Worship and Conflict under Colonial Rule (1981), Disjuncture and Difference in the Global Cultural Economy (1990), Modernity at Large (1996) e Fear of Small Numbers (2006). Ele foi eleito Fellow da Academia Americana de Artes e Ciências em 1997.
Original em https://www.thenation.com/article/world/achille-mbembe-walter-mignolo-catherine-walsh-decolonization/
Tradução por João Pedro Garcez